Há estudos do uso de
anabolizantes desde a antigüidade, os órgãos sexuais e suas secreções eram
utilizados para o tratamento da impotência e como afrodisíaco. No
final do século XIX, o fisiologista francês Charles Eduard Brown-Séquard
experimentou uma terapia de rejuvenescimento, administrando, em si mesmo,
injeções de um extrato líquido derivado de testículos de cães e porcos da
índia, e relatou aumento da sua energia intelectual e da sua força física.
No término da Segunda Guerra Mundial, os androgênios eram
utilizados no tratamento de pacientes em condições terminais ligadas à
debilidade crônica, bem como no traumatismo, em queimaduras, na depressão
e na recuperação de grandes cirurgias. No entanto, somente na
década de 50, os esteróides anabolizantes tiveram maior aceitação para o
uso na medicina.
Atualmente, os anabolizantes têm sido administrados
no tratamento das deficiências androgênicas, como em pacientes com
hipogonadismo e eugonadais, puberdade e crescimento retardados,
micropênis neonatal, deficiência androgênica parcial em homens idosos,
deficiência androgênica secundária a doenças crônicas, e na contracepção
hormonal masculina. A terapia androgênica pode, também, ser utilizada
no tratamento da osteoporose, na anemia causada por falhas na medula óssea
ou nos rins, do câncer de mama avançado, em garotos com estatura
exagerada, e até mesmo em situações especiais da obesidade. Há
relatos de uso de esteróides anabólicos em baixas doses por via
transdérmica no tratamento de doenças cardiovasculares, tendo efeitos
antiaterogênicos e como agentes antianginosos. Os esteróides também
têm sido utilizados no tratamento da sarcopenia relacionada ao HIV e em
pacientes que apresentam fadiga muscular pela doença renal crônica
submetidos à diálise, da sarcopenia associada à cirrose alcoólica, à
doença obstrutiva pulmonar crônica (DPOC), e da sarcopenia em pacientes
com queimaduras graves. Recentemente, foi demonstrado que a utilização
dos esteróides anabolizantes acelerou o crescimento linear e teve alguns
efeitos benéficos no retardo da fraqueza em pacientes com distrofia
muscular de Duchenne.
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