quinta-feira, 12 de abril de 2012

Efeito esportivo

Nadadora Rebecca Gusmão é banida para sempre do esporte, por doping

Decisão final foi da CAS, a Corte de Arbitragem do Esporte, a instância mais alta de apelações de atletas em nível mundial
Jonne Roriz/AE

Rebecca Gusmão foi banida do esporte por toda a vida; dois exames detectaram testosterona elevada e terceira amostra era de outra pessoa
Rebecca Gusmão foi banida por toda a vida da natação, conforme decisão final da CAS (Corte de Arbitragem do Esporte). A decisão engloba todos os esportes vinculados ao COI (Comitê Olímpico Internacional). O mais alto tribunal de apelação de atletas internacionais apenas confirmou nesta sexta-feira (13), em Lausanne, Suíça, o que a Fina (Federação Internacional de Natação) já havia decidido em julgamentos de 12 de maio, 17 de julho e 3 de setembro de 2008.

A nadadora passou por exame antidoping em 2006, durante competição - antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro de 2007 -, a pedido da Fina. E foi pega por doping porque tanto a amostra A de urina, como a contraprova (amostra B) mostraram presença de níveis elevados de testosterona.

A Fina decidiu em maio de 2008 pela suspensão de Rebecca por dois anos.

Mas durante o Pan-2007, dessa vez por requisição dos organizadores, Rebecca foi testada fora de competição e também durante as provas.

Os dois testes apresentaram resultado negativo, mas o teste em competição mostrou novamente indicações de níveis elevados de testosterona - só que a amostra estava diluída. Uma equipe independente da Wada (Agência Mundial Antidoping) presente no Pan do Rio de Janeiro mostrou preocupação quanto à forma como o exame antidoping havia sido conduzido.

Confrontação requisitada em laboratória da Wada mostrou que as amostras colhidas eram de pessoas diferentes - mesma conclusão de laboratório da Polícia Federal no Brasil, que fez os exames de DNA.

A Fina então considerou que essa era uma segunda violação de regras por parte de Rebecca, que então apelou à CAS contra a própria Fina - solicitando que ficasse de lado no caso e no julgamento.

A nadadora foi ouvida em audiência pela CAS em Lausanne, em março deste ano, quando questionou a confiabilidade do laboratório quanto aos processos e análises.

A CAS desconsiderou as alegações, pelas evidências encontradas em três exames, dois deles dela mesma, "com presença de substância proibida". Ratificou a decisão da Fina e determinou que a atleta fosse banida do esporte por toda a vida.

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