quinta-feira, 19 de abril de 2012

Oxandrolona e seus efeitos


A oxandrolona é um esteróide anabolizante que começou a ser fabricado na década de 60 e conquistou diversos usuários. Um dos principais motivos para o crescimento do uso da oxandrolona foi seus baixos efeitos colaterais.
Considerada uma substância com moderado poder andrógeno, a Oxandrolona possui um resultado anabolizante satisfatório. Por esses motivos, o público feminino aumentou bastante para o consumo dessa droga.
oxandrolona anavar
A substância é conhecida por diferentes nomes de acordo com o país. No Brasil, são comuns os nomes: Lipidex e Anavar. Nos Estados Unidos, o medicamento pode ser encontrado como Anavar. Em outros países, como Austrália, Japão e Itália, a Oxandrolona é encontrada como Lonavar.

Efeitos no corpo

Quanto utilizado conjuntamente com a musculação ou outro esporte de força, a oxandrolona trabalha no estrutura intracelular visando o aumento de força da pessoa.
Porém, a substância é utilizada para pacientes que necessitam de um aumento da força nos músculos. Pacientes que passam várias semanas imobilizados podem vir a se medicar com a oxandrolona para acelerar e restaurar os tecidos dos músculos do corpo.
E como isso ocorre? A substância age incrementando os depósitos de fósforo

Efeitos colaterais da oxandrolona

Como comentado acima, o que deixou a oxandrolona famosa foram seus poucos efeitos colaterais. Lógico que se compara esses efeitos a outras drogas esteróides anabolizantes. Apesar efeitos colaterais menores, esses efeitos ainda são extremamente graves e nocivos para o corpo humano.
A seguir você confere uma lista dos principais efeitos colaterais da oxandrolona:
    • alteração dos níveis do colesterol humano
    • aumento do colesterol ruim, conhecido também como o colesterol LDL
    • diminuição do colesterol bom, conhecido como colesterol HDL
    • alterações na voz. Nas mulheres pode vir a ser mais notado, já que a voz tende a ficar mais grave
    • diversas alterações no corpo humano no sentido de masculinizar o corpo. Nos homens, pode ser desejado de maneira branda, porém nas mulheres, o comportamento masculinizado pode ser indesejável.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Conhecendo o efeito Esteróides


Introdução
Hormônios Esteroidícos e Esteróides Anabolizantes
    Os hormônios esteróides apresentam um núcleo básico derivado da estrutura química do colesterol, portanto são hormônios de natureza lipídica. A biossíntese dos hormônios esteróides é restrita a alguns poucos tecidos, como o córtex das glândulas adrenais e gônadas, os quais expressam diferentes formas do complexo enzimático P-450, responsável pelo processamento da molécula de colesterol. Os andrógenos são hormônios sexuais masculinos e representam uma das classes de hormônios esteróides, são produzidos, principalmente, pelos testículos e, em menores proporções, pelas adrenais. O principal hormônio produzido pelo testículo é a testosterona (Bianco, Rabelo, 1999).
    A testosterona exerce efeitos designados como androgênicos e anabólicos em uma extensa variedade de tecidos-alvos, incluindo o sistema reprodutor, o sistema nervoso central, a glândula pituitária anterior, o rim, o fígado, os músculos e o coração (Hebert et al, 1984; Shahidi, 2001; Sinha-Hikim et al, 2002). Os efeitos androgênicos são responsáveis pelo crescimento do trato reprodutor masculino e desenvolvimento das características sexuais secundárias, enquanto que os efeitos anabólicos estimulam a fixação do nitrogênio e aumentam a síntese protéica (Shahidi, 2001).
    A atividade anabólica da testosterona e de seus derivados é manifestada primariamente em sua ação miotrófica, que resulta em aumento da massa muscular por aumentar a síntese protéica no músculo (Kam, Yarrow, 2005) e por controlar os níveis de gordura corporal. O potencial valor terapêutico da atividade anabólica da testosterona em várias condições catabólicas têm levado à síntese de muitos derivados que tem como objetivo prolongar a sua atividade biológica, desenvolvendo produtos cada vez menos androgênicos e mais anabólicos, chamados esteróides androgênicos anabólicos. Portanto, os esteróides anabolizantes são um subgrupo dos andrógenos, ou seja, sintéticos derivados da testosterona (Kam, Yarrow, 2005; Weineck, 2005).
    Os esteróides anabolizantes foram inicialmente desenvolvidos com fins terapêuticos, como exemplo, para o tratamento de pacientes com deficiência natural de andrógenos, na recuperação de cirurgias e atrofias musculares, por melhorarem o balanço nitrogenado em estados catabólicos, prevenindo a perda de massa magra e reduzindo o aumento de tecido adiposo, e, também, no tratamento da osteoporose, do câncer de mama e anemias, uma vez que estimulam a eritropoiese (Celotti, Cesi, 1992; Creutzberg et al, 2003; Hebert et al, 1984).
    Entretanto, o uso dessas drogas destacou–se principalmente no meio esportivo, devido às propriedades anabólicas que promovem o aumento de massa muscular, do desenvolvimento de força, da velocidade de recuperação da musculatura e o controle dos níveis de gordura corporal melhorando o desempenho físico (Evans, 2004), sendo que a ação trófica do hormônio exógeno é mais pronunciada do que aquela observada pelos níveis normais de testosterona na circulação (Celotti, Cesi, 1992).
    Embora utilizados por atletas de alto rendimento e recreacionais em busca de melhores desempenhos, os esteróides anabolizantes são considerados drogas proibidas pela Agência Mundial Antidoping-WADA (2006) e classificados como doping. Os esteróides anabolizantes representam mais de 50% de casos positivos de doping entre atletas (Fineschi et al, 2001).
    Estudos epidemiológicos sobre a prevalência do uso ilícito de esteróides anabolizantes por seres humanos no Brasil ainda são muito escassos. Embora não sejam numerosos estes estudos, os mesmos indicam problemas de saúde para a população que faz o uso crônico da droga.
Mecanismos de ação e principais efeitos dos Esteróides Anabolizantes
    Os esteróides anabolizantes são drogas sintéticas derivados da testosterona que podem ser utilizada de forma oral ou parenteral. A testosterona é metabolizada no fígado em vários 17- cetoesteróides, através de duas vias, e os metabólitos ativos mais importantes são o estradiol e dihidrosterona (DHT). A DHT se liga com maior afinidade a globulina carreadora de hormônios sexuais do que a testosterona. Em tecidos reprodutores a DHT é ainda metabolizada para 3-alfa e 3-beta androstenediol (Ferreira et al, 2007).
    Os compostos químicos são derivados de três grupos: 17-β-hidroxil, alquilados na posição 17-α e com anel esteróide alterado. A alquilação na posição 17-α retarda marcadamente a metabolização hepática, aumentando a afetividade oral.
    Estes derivados têm boa absorção gástrica, sendo excretados rapidamente devido sua meia vida curta, sendo altamente potentes, porém mais fortes ao fígado do que os injetáveis. A esterificação é útil nas preparações parenterais (ciprianato ou propianato de testosterona, nandrolona). A esterificação do grupo 17-β-hidroxil com ácidos carboxílicos diminui a polaridade da molécula tornando-a mais solúvel nos veículos lipídicos para preparações injetáveis de liberação lenta do esteróide na circulação e ocasionam menor toxicidade hepática que os orais, além de terem menor potência (Ellender, Linder, 2005).
    Todos os anabólicos agem sobre um único receptor celular que modula, de forma indissociável, os efeitos androgênicos e anabolizantes. O complexo droga-receptor ao ligar-se na cromatina induz a transcrição de RNA e a produção de proteínas específicas oque ocasionam seus efeitos (Ellender, Linder, 2005) (Ghaphefy, 1995).
Esteróides Anabolizantes e efeitos deletérios sobre o sistema reprodutor
    Com o grande crescimento na busca de um corpo perfeito os esteróides anabolizantes são as principais drogas a ser buscadas e diversos estudos buscam salientar sobre os efeitos das drogas em diversos tecidos, com maior ênfase no sistema reprodutor masculino.
    A administração exógena dessas substâncias afetam o eixo hipotálamo-hipofisário-gonodal, resultando num feedback negativo na secreção do hormônio folículo-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) que, por sua vez, diminuem a produção de Testosterona endógena, resultando na redução da espermatogênese (LISE et al., 1999). Assim, a virilidade e a fertilidade normais do homem necessitam de um controle direto do eixo hipotálamo-hipofisário-gonodal. Tradicionalmente, sabe-se que o diagnóstico da infertilidade masculina depende de uma avaliação descritiva dos parâmetros estudados após ejaculação, com ênfase na concentração, morfologia, motilidade e vitalidade dos espermatozóides (Guerra et al, 2005).
    O efeito dos esteróides anabolizantes sobre a espermatogênese se produz através de uma retroalimentação negativa do eixo hipotálamo-hipofíse-gonodal, inibindo tanto a secreção hipotalámica de GNRH como á hipofisária de FSH e LH. Induzindo um hipogonadismo (Turek et al, 1995). Atuando também em um efeito gonadotóxico direto.
    Entre os efeitos indesejados sobre o sistema endócrino e reprodutivo destacam-se nos homens: a menor produção de testosterona, atrofia testicular, a oligo e azoospermia, genicomastia, carcinoma prostático, priapismo, impotência, alteração do metabolismo glicídico, alteração do perfil tireoidiano (Smurawa, Congeni, 2007) (Goldwire, Price, 1995) (Goldberg et al, 1996) (Gibson, 1994) (Burnett et al, 1994) (Neild, 1995) (Yoshida et al, 1994).
    Estudos comprovam que a administração exógena de EAA, a partir de 15 a 150 ml por dia, é responsável pela significativa diminuição da testosterona plasmática, o que intensifica os efeitos feminilizantes. A inibição da secreção de gonodotrofina e a conversão de andrógenos em estrógenos podem provocar atrofia testicular levando a castração química e a azoospermia além de hipertofia prostática (Lize, Gama e Silva, Ferigolo, 1999).
    Outra característica feminilizante é a genicomastia subareolar, que pode ser uni ou bilateral, sendo provocada por conversão de estrógenos em estradiol e estona no tecido extraglandular. Ao contrário do tamanho dos testículos que tendem a normalizar após a descontinuação do uso, a genicomastia é frequentemente irreversível, e quando o aumento da mama torna-se um problema psicológico ou estético a mastectomia é o tratamento recomendado (Neild, 1995).
    A menor concetração de testosterona endógena induz por sua vez certo grau de disfunção erétil e alteração da libido (Goldberg, 1983).
    Alguns estudos demonstram os efeitos causados a nível espermático, sendo deficiência no acrossoma e espermatozóides microcéfalos (Menduluk et al, 2008).
Conclusão
    As informações presentes neste estudo servem como alerta a população que utiliza esteróides anabolizantes sem prescrição médica, para fins estéticos, visando um corpo perfeito em curto tempo, levando os mesmos a utilizar doses empíricas sem ter o menor conhecimento de seus efeitos deletérios sobre seu organismo com maior ênfase no sistema reprodutor. Por isso medidas de prevenção devem ser tomadas, para que essa população não tenha complicações futuras.

O surgimento dos Esteróides Anabolizantes e o uso terapêutico associado à fisioterapia cárdio-respiratória.

Há estudos do uso de anabolizantes desde a antigüidade, os órgãos sexuais e suas secreções eram utilizados para o tratamento da impotência e como afrodisíaco. No final do século XIX, o fisiologista francês Charles Eduard Brown-Séquard experimentou uma terapia de rejuvenescimento, administrando, em si mesmo, injeções de um extrato líquido derivado de testículos de cães e porcos da índia, e relatou aumento da sua energia intelectual e da sua força física.


 No término da Segunda Guerra Mundial, os androgênios eram  utilizados no tratamento de pacientes em condições terminais ligadas à debilidade crônica, bem como no traumatismo, em queimaduras, na depressão e na recuperação de grandes cirurgias. No entanto, somente na década de 50, os esteróides anabolizantes tiveram maior aceitação para o uso na medicina. 


Atualmente, os anabolizantes têm sido administrados no tratamento das deficiências androgênicas, como em pacientes com hipogonadismo e eugonadais, puberdade e crescimento retardados, micropênis neonatal, deficiência androgênica parcial em homens idosos, deficiência androgênica secundária a doenças crônicas, e na contracepção hormonal masculina. A terapia androgênica pode, também, ser utilizada no tratamento da osteoporose, na anemia causada por falhas na medula óssea ou nos rins, do câncer de mama avançado, em garotos com estatura exagerada, e até mesmo em situações especiais da obesidade. Há relatos de uso de esteróides anabólicos em baixas doses por via transdérmica no tratamento de doenças cardiovasculares, tendo efeitos antiaterogênicos e como agentes antianginosos. Os esteróides também têm sido utilizados no tratamento da sarcopenia relacionada ao HIV e em pacientes que apresentam fadiga muscular pela doença renal crônica submetidos à diálise, da sarcopenia associada à cirrose alcoólica, à doença obstrutiva pulmonar crônica (DPOC), e da sarcopenia em pacientes com queimaduras graves. Recentemente, foi demonstrado que a utilização dos esteróides anabolizantes acelerou o crescimento linear e teve alguns efeitos benéficos no retardo da fraqueza em pacientes com distrofia muscular de Duchenne.

Entrevista realizada pelo Dr. Drauzio Varella ao Dr. Bernardino Santi, médico do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), da Confederação Brasileira de Boxe e Kickboxing e Coordenador Estadual do Controle de Dopagem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Você poderia explicar o que é um anabolizante?
Bernardino Santi – Os anabolizantes incrementam a síntese de determinadas substâncias musculares e ósseas, mas somente os médicos podem prescrevê-los. Seu uso exige controle rigoroso, pois podem causar problemas de saúde muito sérios.
Do ponto de vista médico, são drogas utilizadas para tratamento de algumas doenças consumptivas, que desgastam a musculatura e os ossos, e como reposição hormonal para os portadores de hipogonadismo, que sofreram algum tipo de trauma testicular ou desenvolveram um tumor e tiveram os testículos subtraídos. Os esteróides anabolizantes são também indicados para os astronautas que ficam muito tempo no espaço e têm perdas significativas da massa óssea e muscular.

Quais são as funções fisiológicas e os órgãos mais afetados?
Bernardino Santi – O fígado é um dos órgãos acometidos e são frequentes os casos de hepatomas, de câncer de fígado. O uso de anabolizantes provoca também atrofia testicular. Jovens de 28, 30 anos apresentam azoospermia (ausência de espermatozóides), diminuição da libido e impotência porque a droga mexe com o equilíbrio hormonal.
Quem toma esteroides anabolizantes, além de problemas de pele, como a acne, e perda de cabelo, pode ter complicações cardíacas muito graves, porque essas drogas aumentam o nível do mau colesterol e diminuem o do bom colesterol no sangue e está mais sujeito a infartos e anginas.

Qual o custo dessas drogas?
Bernardino Santi – Muita gente ganha dinheiro com elas. O Deca-Durabolim que custa normalmente R$5,00 nas farmácias, custa de R$25,00 a R$30,00 nas academias. Seduzido pela ideia de que o produto importado confere melhores resultados orgânicos, o garoto paga o preço que lhe pedem, às vezes, por um similar falsificado, sem muita discussão.

Adolescentes que estão tomando anabolizantes podem suspender o uso de uma vez ou devem descontinuá-lo gradativamente?
Bernardino Santi – A orientação é que suspendam o uso de uma vez, façam controles da função hepática e renal (existem exames de sangue para isso) e procurem um cardiologista. É preciso restabelecer a homeostasia e colocar o organismo nos eixos.
A experiência tem mostrado que a parada gradativa não funciona para os anabolizantes, assim como não funciona para quem se propõe a deixar de fumar. Agindo dessa forma, as pessoas estão só se enganando, pois continuam utilizando uma substância que compromete sua saúde.


Atuação dos esteróides anabolizantes na regeneração músculo-esquelético



 Introdução

A partir da década de 50 foram evidenciados os filamentos finos e grossos e suas respectivas distribuições em bandas I (isotrópicas) e bandas A (anisotrópicas). Posteriormente essas informações se confirmaram, fundamentando novas pesquisas sobre o mecanismo de contração muscular. Considerando a fisiologia da contração, a morfologia do tecido e suas capacidades contráteis e metabólicas, os músculos apresentam características plásticas que se adaptam aos estímulos, sendo a regeneração uma dessas formas.
Sobre a capacidade de reparo do músculo adulto, existem informações documentadas desde a segunda metade do século XVIII. Eram aplicados estímulos químicos e físicos nas fibras e observadas às modificações. No século XX foi definida a existência das células satélites como populações de células miogênicas encontradas entre a lâmina basal e a membrana plasmática da célula muscular. Na recuperação da lesão, essas células são recrutadas na recomposição da cito-arquitetura muscular e potencializadas na presença de complexos anabólicos.
Desde a antiguidade, secreções provenientes dos órgãos sexuais eram utilizadas como estimulantes para o desenvolvimento muscular, aumento da força física e intelectual. A finalidade atlética dos agentes anabólicos foi difundida pela comercialização dos preparados de testosterona e o uso durante competições olímpicas. Quando utilizados com essa finalidade, os derivados da testosterona podem gerar efeitos benéficos no desempenho atlético.
Assim sendo, o presente trabalho tem por objetivo reunir informações recentes sobre os aspectos morfológicos da regeneração músculo-esquelético associada ao uso dos esteróides anabolizantes. Para essa atualização foram pesquisadas as bases eletrônicas de dados Medline, Lilacs e Scielo, bem como a utilização de livros, monografias e dissertações da área. Para busca deste material foram utilizados os seguintes descritores: músculo esquelético, células satélite, regeneração muscular, esteróides anabolizantes, consultados em 2006.

Músculo estriado esquelético

Fibras musculares esqueléticas são formadas pela fusão de células precursoras chamadas de mioblastos. São alongadas e apresentam aspecto fusiforme, com núcleos periféricos e numerosos. Aproximadamente 80% do volume citoplasmático das fibras musculares estriadas esqueléticas são constituídos de miofibrilas, localizadas paralelamente ao eixo longitudinal da fibra conferindo-lhe aspecto estriado. Possuem disposição em sarcômeros, sendo a miosina o componente principal do miofilamento grosso e a actina o principal constituinte do miofilamento fino. Cada fibra é envolvida por uma fina camada de tecido conjuntivo, denominada endomísio. Outra camada de tecido conjuntivo, o perimísio, circunda feixes de fibras musculares e por fim,circundando todo o músculo, há uma camada de tecido conjuntivo fibroso, conhecida como epimísio.
O músculo esquelético é um sistema motor altamente organizado e regulado. A chegada do impulso nervoso ao sarcolema da célula muscular e a conseqüente despolarização de membrana inicia o processo de contração. Em seguida, ocorre a liberação do cálcio do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma, gerando uma interação cíclica entre a miosina e a actina. Independente do tipo de fibra, a interação das proteínas que formam o músculo esquelético com diferentes íons bem como com a molécula de ATP e seus produtos de hidrólise, promovem mudanças estruturais que vão levar à contração da musculatura esquelética.

Lesão e regeneração muscular

A lesão é caracterizada por rompimento dos miofilamentos, anormalidades mitocondriais, descontinuidade sarcolemal e um desequilíbrio hidroeletrolítico dos constituintes celulares que ativam enzimas intracelulares e outras proteínas, como fatores do complemento que desencadeia o mecanismo de lise celular apresentando também propriedades quimiotáticas, principalmente para macrófagos no sítio da lesão. Músculos esqueléticos de mamíferos apresentam habilidade de regeneração após vários tipos de lesão.
A capacidade de adaptação músculo-esquelético a diferentes estímulos denomina-se plasticidade das fibras musculares. A capacidade plástica de regeneração muscular é possível devido às características estruturais da fibra muscular e, principalmente, pela presença das células satélites que estão diretamente envolvidas no processo de regeneração muscular.
Durante o mecanismo lesivo, o músculo esquelético apresenta notável habilidade na ativação de várias respostas celulares, impedindo a conseqüente perda de massa muscular. O estímulo para o início do processo regenerativo é a necrose do tecido lesado e a ativação da resposta inflamatória. Então, proteínas existentes na lâmina basal sinalizam para que células satélites migrem até o local de lesão e se diferenciem em mioblastos. As células miogênicas proliferam-se e se diferenciam para formação de uma nova miofibrila, reconstituindo o mecanismo de contração.
Além das células satélites, o tecido muscular possui outra população de células-tronco denominadas células periféricas. Essas células são capazes de gerar fibras musculares e, dessa forma, participar da regeneração músculo esquelética.
Alguns autores afirmam que depois de regenerado, o músculo esquelético apresenta populações de fibras centro nucleadas e discreto infiltrado inflamatório no espaço intersticial, além de sensível aumento no diâmetro das fibras tratadas com esteróides.
A extensão e o sucesso da regeneração variam com a natureza da lesão, em todas as situações o processo envolver e vascularização, reinervação, infiltração celular, proliferação efusão das células.

Epidemiologia do Consumo dos Esteróides Anabolizantes

Diferentes países apontam o aumento do consumo dos anabolizantes entre jovens fisiculturistas e atletas. Nos Estados Unidos, um estudo populacional estimou em mais de um milhão o numero de usuários de anabolizantes. Em relatório recente, o National Institute on Drug Abuse (NIDA) informou que a porcentagem de estudantes do curso secundário (high school)que utilizou essas substâncias cresceu 50% nos últimos quatro anos, passando de 1,8% para 2,8%.
No Brasil, estudos que abordam o uso de anabolizantes são escassos, não existindo dados epidemiológicos que indique na extensão do consumo dessas substâncias. Alguns indícios,no entanto, indicam que o uso de anabolizantes está crescendo entre os jovens pertencentes a diferentes classes sociais, podendo representar, em breve, um importante problema de saúde pública. Sabe-se ainda, segundo estimativa do CEBRID(Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas),que o consumidor preferencial no Brasil está entre os 18 a 34anos de idade e, em geral, é do sexo masculino.
Indivíduos jovens do sexo masculino são os principais usuários de esteróides em academias de São Paulo. A administração das drogas ocorre em quantidades maiores que as terapêuticas e com associação de diferentes tipos.

Esteróides anabolizantes

Os hormônios esteróides anabólicos androgênicos (EAA) são derivados sintéticos da testosterona6 que é produzida nos testículos e no córtex-adrenal, promovendo as características sexuais secundárias associadas à masculinidade. Os EAA são administrados geralmente no tratamento de sarcopenias, do hipogonadismo, do câncer de mama e da osteoporose. Nos esportes, são utilizados para o aumento da força física e massa muscular. Os efeitos dos compostos de testosterona no sistema músculo esqueléticos potencializam o aumento do volume e do número de fibras musculares e peso corporal com conseqüente aumento na geração de força muscular. Os ganhos de força são de aproximadamente 5-20% e os incrementos iniciais de peso corporal são de 2-5 quilogramas, que podem ser atribuídos ao aumento da massa magra. Os valores das mudanças induzidas na massa gorda e na massa magra estão correlacionados com a dosagem e concentração de testosterona, modulando os receptores de androgênios e inibindo a formação de células adiposas. Os efeitos colaterais relacionados ao uso contínuo de esteróides anabólicos são bastante numerosos e de graves conseqüências, tais como: câncer de fígado, hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial, dores ósseas, hipertrofia da próstata, cefaléia grave, redução grave dos níveis de colesterol HDL, aumento do colesterol LDL, morte. Em homens, o uso de esteróides anabólicos pode causar a diminuição do tamanho dos testículos, a contagem de espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata. Em mulheres, é comum que ocorra crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo menstrual, aumento do clitóris, voz grossa e diminuição de seios. Já em adolescentes, a maturação esquelética prematura e a puberdade acelerada levando a um crescimento raquítico, são os efeitos mais comuns.

Esteróides anabolizantes e regeneração muscular

Quando utilizados em tempo adequado, ou seja, concomitantemente à regeneração muscular, os esteróides anabólicos, auxiliam na velocidade de recuperação do trauma, e os componentes morfológicos deste processo são amplamente investigados.
O tratamento prévio com derivados da testosterona pode alterara expressão morfológica do ciclo celular regulador relacionado ao crescimento do músculo no início de uma sobrecarga funcional.
Durante o processo regenerativo do músculo esquelético, compostos químicos que possuem mecanismo de ação semelhante à testosterona visam o aumento da massa muscular, com conseqüente incremento da síntese protéica e balanço nitrogenado positivo, além da modulação do metabolismo do cálcio. Assim, argumentos que tentam explicar as ações dos esteróides anabólicos androgênicos referentes a força e massa muscular sinalizam para o aumento da síntese de proteínas,para a diminuição da degradação de proteínas, para a inibição dos efeitos catabólicos dos glicocorticóides, para o aumento da taxa de transcrição gênica, para o efeito sobre a parte central do sistema nervoso, bem como para a junção neuromuscular,melhorando deste modo a capacidade de recuperação. A utilização de agentes anabólicos na terapêutica de algumas lesões musculares fundamenta-se na atividade catabólica que essas substâncias regulam no organismo. Esteróides anabolizantes auxiliam na recuperação das células musculares lesadas restabelecendo a fisiologia normal da fibra afetada. O efeito dos anabolizantes em tecidos é antagônico à ação catabólica dos glicocorticóides através da inibição de receptores citoplasmáticos na fibra muscular. Dessa forma, os níveis normais de síntese de proteínas são mantidos pelo aumento da transcrição do DNA para as proteínas das miofibrilas, assim como ampliação da ativação das células satélites, impulsionando a hipertrofia muscular. É aventado na literatura que os androgênios podem aumentar a síntese protéica através da estimulação intramuscular da expressão do gene para IGF-I(insulin-like growth factor – I), podendo também reduzir a atrofia muscular em modelos experimentais.
A testosterona induz a hipertrofia do músculo esquelético pela modulação da diferenciação das células mesenquimais, conduzindo a melhora da força muscular. Supõem-se ainda, que as células satélites também participem do processo de hipertrofia muscular. Segundo alguns autores, a ativação das células satélites é a chave desse processo e é acentuada pelo uso do esteróide.  A incorporação das células satélites em fibras musculares pré-existentes mantém uma razão citoplasma/núcleo constante e parece ser o mecanismo fundamental para o crescimento das fibras musculares.
Destaca-se ainda que, os efeitos anabólicos geram retenção de nitrogênio, um componente básico da proteína, promovendo o crescimento e o desenvolvimento da massa muscular através de uma melhor utilização da proteína ingerida.
Estudo em Distrofia Muscular de Duchene mostra que o uso de anabolizantes aumenta a taxa de síntese e concentração de albumina e que esta é essencial na regulação do metabolismo da proteína muscular e os efeitos anabólicos dos anabolizantes sinalizam para uma diminuição da degeneração muscular, necessitando de futuras pesquisas para maiores esclarecimentos.
Estudo sobre o efeito dos esteróides anabolizantes na regeneração do músculo lesado por toxina de cobra em ratos mostra que os esteróides (Nandrolona) têm um papel na síntese de proteínas contráteis nos músculos e que o grupo esteróide combinado com exercício não é benéfico para a regeneração. Em outro estudo, avaliando as propriedades contráteis dos músculos lentos e rápidos regenerados, nas mesmas condições experimentais citadas acima, e tratados com o uso de esteróides (Nortestosterona, intramuscular, 2mg X kg X Semana) ou exercício físico (endurance na esteira, 60 minutos por dia),mostram nenhuma melhora nas propriedades contráteis isométricas desses músculos.
Um caso clínico mostrou em um atleta que, por mais de 10 anos, administrou drogas entre elas, esteróides anabolizantes para aumentar seu desempenho, desencadeou uma ruptura do quadríceps femural. Efeitos atribuídos ao uso dos esteróides anabolizantes no tecido conjuntivo são incertos, mas estudos animais mostram mudanças no colágeno com displasia fibrilar que levam redução na força tensil. A cicatrização também é adversamente afetada e as mudanças são mais óbvias quando esteróides anabolizantes são combinados ao exercício.
Pesquisadores verificaram o efeito dos esteróides anabolizantes (decanoato nandralona 20 mg-kg e do corticoesteróide (acetato metilprednisolona, 25 mg-kg) na regeneração de músculo lesado de ratos após contusão muscular grave. A regeneração foi determinada pela tensão contrátil ativa e análise histológica.Esse estudo mostra que, corticoesteróide é benéfico em curto tempo (2 dias pós-lesão), mas causa alterações irreversíveis na regeneração muscular a longo tempo (7 e 14 dias pós-lesão),incluindo desordem na estruturação das fibras musculares e uma marcada diminuição na capacidade de geração de forca.Enquanto, esteróides anabolizantes melhoram a regeneração muscular e aumentam a recuperação na capacidade de geração de forca (2, 7 e 14 dias pós-lesão).
Apesar desses resultados, os esteróides anabolizantes são considerados drogas renegadas, elas podem ter uma aplicação clínica ética para melhorar a regeneração em lesões por contusões musculares graves, mas seu uso no tratamento de lesões musculares necessitam de investigações futuras, que se preocupem em permitir a comparação de resultados, por meio da apresentação de fatores, como espécie usada, gênero e idade, tipo de músculo estudado, condições experimentais, esteróides anabolizantes usados, as doses, o modo e o período de administração dos mesmos.

Considerações finais

Recentes pesquisas comprovam que os traumas musculares são comuns na prática clínica, envolvendo principalmente atletas. O conhecimento dos eventos da ativação das células satélites é fundamental para o planejamento de terapias que promovem o crescimento e a regeneração das fibras danificadas.
A modulação dos eventos morfo-fisiológicos ainda não é bem compreendida. O tratamento com os derivados da testosterona proporciona uma alteração tecidual no músculo esquelético, favorecendo a recuperação de força e a regeneração tissular, preservando a integridade da fibra muscular. A administração dos esteróides anabolizantes proporciona ainda a hipertrofia muscular pela modulação dos receptores androgênicos.
Embora alguns estudos comprovem o favorecimento do mecanismo regenerativo pelos esteróides, conclui-se que ainda são necessários fundamentos mais precisos sobre a atuação dos anabólicos nos processos de recuperação do trauma muscular, principalmente em modelos experimentais humanos.
Os autores desse trabalho de atualização participaram desde a concepção ao desenvolvimento, assim como, na revisão crítica do seu conteúdo intelectual. Este trabalho está relacionado à uma monografia de especialização e os docentes participantes estão envolvidos nas áreas de Fisioterapia (plasticidade muscular), Educação Física e Ciências Nutricionais.

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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Efeito esportivo

Nadadora Rebecca Gusmão é banida para sempre do esporte, por doping

Decisão final foi da CAS, a Corte de Arbitragem do Esporte, a instância mais alta de apelações de atletas em nível mundial
Jonne Roriz/AE

Rebecca Gusmão foi banida do esporte por toda a vida; dois exames detectaram testosterona elevada e terceira amostra era de outra pessoa
Rebecca Gusmão foi banida por toda a vida da natação, conforme decisão final da CAS (Corte de Arbitragem do Esporte). A decisão engloba todos os esportes vinculados ao COI (Comitê Olímpico Internacional). O mais alto tribunal de apelação de atletas internacionais apenas confirmou nesta sexta-feira (13), em Lausanne, Suíça, o que a Fina (Federação Internacional de Natação) já havia decidido em julgamentos de 12 de maio, 17 de julho e 3 de setembro de 2008.

A nadadora passou por exame antidoping em 2006, durante competição - antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro de 2007 -, a pedido da Fina. E foi pega por doping porque tanto a amostra A de urina, como a contraprova (amostra B) mostraram presença de níveis elevados de testosterona.

A Fina decidiu em maio de 2008 pela suspensão de Rebecca por dois anos.

Mas durante o Pan-2007, dessa vez por requisição dos organizadores, Rebecca foi testada fora de competição e também durante as provas.

Os dois testes apresentaram resultado negativo, mas o teste em competição mostrou novamente indicações de níveis elevados de testosterona - só que a amostra estava diluída. Uma equipe independente da Wada (Agência Mundial Antidoping) presente no Pan do Rio de Janeiro mostrou preocupação quanto à forma como o exame antidoping havia sido conduzido.

Confrontação requisitada em laboratória da Wada mostrou que as amostras colhidas eram de pessoas diferentes - mesma conclusão de laboratório da Polícia Federal no Brasil, que fez os exames de DNA.

A Fina então considerou que essa era uma segunda violação de regras por parte de Rebecca, que então apelou à CAS contra a própria Fina - solicitando que ficasse de lado no caso e no julgamento.

A nadadora foi ouvida em audiência pela CAS em Lausanne, em março deste ano, quando questionou a confiabilidade do laboratório quanto aos processos e análises.

A CAS desconsiderou as alegações, pelas evidências encontradas em três exames, dois deles dela mesma, "com presença de substância proibida". Ratificou a decisão da Fina e determinou que a atleta fosse banida do esporte por toda a vida.

O que é...?

É o uso de substâncias naturais ou sintéticas visando a melhora do desempenho dos atletas em competições. Este objetivo é ilícito e por isso são feitos testes de doping durante competições.
As substâncias pertencentes as seguintes classes farmacológicas:
·         Estimulantes: pseudoefedrina, efedrina, anfetamina, etc.
·         Narcóticos: morfina, codeína, propoxifeno, etc.
·         Agentes anabólicos: testosterona, nandrolone, stanozolol, etc.
·         Diuréticos: hidroclorotiazínicos, furosemide, etc.
·         Betabloqueadores: propranolol, atenol, etc.
·         Hormônios peptídeos e análogos: Hormônio do crescimento, eritropoetina, corticotropina.
O QUE SÃO ESTERÓIDES ANABOLIZANTES?
São hormônios sintéticos que quando comparados à testosterona (hormônio masculino natural), têm maior atividade anabólica (promovem crescimento).
COMO SÃO USADOS?
Geralmente são usados por via oral ou parental (injetáveis). Alguns usuários fazem abuso de preparações farmacêuticas disponíveis uso para veterinário.
POR QUE OS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES SÃO USADOS?
Por indicação médica são usados no tratamento de doenças como por exemplo da anemia, hipogonadismo e angioedema hereditário, por exemplo.
O uso ilícito por atletas, freqüentadores de academias ou pessoas de baixa estatura é feito na crença de que essas drogas:
·         aumentam a massa muscular;
·         aumentam a froça física;
·         aumentam a agressividade;
·         diminuem o tempo de recuperação entre os exercícios intensos;
·         melhoram a aparência;
·         melhoram o performance sexual; ou com fins de diversão.
No entanto, o uso abusivo leva a efeitos colaterais graves, os quais são desconhecidos pelos usuários.
QUAIS SÃO OS EFEITOS INDESEJADOS DOS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES?
Sistema Nervoso Central:
·         agressividade aumentada, hiperatividade, irritabilidade;
·         psicose (alucinações auditivas, paranóia, desilusões);
·         episódios maníacos;
·         desordens de pânico;
·         depressão e ansiedade com ou sem ideação de suicídio;
·         cefaléia, náuseas, libido alterado, euforia, apetite alterado;
·         aumento da impulsividade e diminuição do nível de cooperação.
Sistema Reprodutor Masculino:
·         atrofia testicular com infertilidade; impotência.
·         Hipertrofia e carcinoma de próstata;
·         Priaprismo (ereção prolongada);
·         Feminilização com ginecomastia;
·         Alopécia (queda de cabelo).
Sistema Reprodutor Feminino:
·         Masculinização, desenvolvimento de acne, hirsutismo, redução da mama, voz rouca e profunda, hipertrofia do clitóris, irregularidades menstruais.
Sistema Músculo Esquelético:
·         Aumento de suscetibilidade a lesões de músculos e tendões;
·         Em adolescentes ocorre a soldadura prematura das epífises resultando em retardo do crescimento, ou seja, o indivíduo não cresce até sua altura potencial;
Sistema Cardiovascular:
·         Retenção de sódio e água, aumento da pressão sangüínea, edema de tecidos, aumento do colesterol;
·         Coração: infarto do miocárdio, hipertrofia ventricular esquerda, aterosclerose e outras doenças cardíacas.
Sistema Hepático:
·         Hepatite, ruptura de vasos sangüíneos no fígado, carcinoma hepatocelular, hepatoma, icterícia colestática.
Sistema Renal:
·         Tumor de Wilms e elevação da creatinina.
Outros efeitos endócrinos:
·         Tireóide: dimunuição de níveis hormonais (tiroxina, triiodotironina, TSH, TBG).
·         Acne, alteração dos lipídios da pele;
·         Metabolismo da glicose:alterações, resistência a insulina, intolerância a glicose.
OS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES PRODUZEM DEPENDÊNCIA?
Ainda não está esclarecido, no entanto é reconhecida a Síndrome de Abstinência, caracterizada por irritabilidade, nervosismo e alteraçòes do humor.
OS POTENCIAIS RISCOS DO USO INDISCRIMINADO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES ULTRAPASSAM OS POSSÍVEIS BENEFÍCIOS PARA A PERFORMANCE ATLÉTICA, POR ISSO SEU USO DEVE SER DESENCORAJADO.